Nossa sociedade está em constante busca de referências, tanto é assim que sempre se prestigia as personalidades e os heróis. Os santos são para nós cristãos, aqueles que arrastam seguidores por serem testemunhas do do amor, da verdade, da fé...
Tendo celebrado há pouco a Solenidade de Todos os Santos e começando a experimentar o Tempo do Advento, a Igreja impulsionada pela espera do Senhor se sente impelida à Santidade. Precisamos estar com nossas lâmpadas acesas aguardando aquele que vem, e, como aquele que vem já está no meio de nós, a nossa espera deve tornar bastante dinâmica: nossa esperança deve se traduzir numa vigilância cheia de certeza e alegria, o que significa a busca pelo ideal da santidade: "Esta é vontade de deus, a vossa santificação" (I Tes 4,3).
Ser santo significa abraçar a humanidade e se tornar perito nela, isto é, não se considerar superior a ninguém, ao contrário, é estar convencido de suas fraquezas, deixando assim a força de deus se manifestar. É deixar-se conduzir pelo Espírito, o que não significa fazer coisas extraordinárias, mas, no ordinário da vida, estar em processo de crescimento e amadurecimento. É sempre recomeçar...
A santidade é a celebração da glória de Deus: nos santos celebramos a vitória do Senhor, que não se cansa de realizar maravilhas (cf. Lc 1,49).
Certamente todos convivemos com pessoas santas. Quem de nós não se encanta com o testemunho de pessoas que fizeram a opção pelo bem? Pessoas que mesmo diante das adversidades se mantém fiéis à vontade de Deus? Quem de nós não conhece doentes cheios de paciência? Pessoas que não cansam de lutar? Pessoas que são repletas de alegria? Pobres em espírito? Mansos e puros no coração? Pessoas que famintas e sedentas de justiça não se cansam de promover a paz? Pessoas injustiçadas e maltratadas cheias de perdão e misericórdia? Pessoas que mesmo caluniadas e sofrendo injúrias não desistem de anunciar a Palavra de Deus? Segundo D. Hélder Câmara, " são como a cana de açúcar, quanto mais rituradas, mais doçura emitem".
Precisamos ser referência. O nosso tempo necessita que os santos sejam a referência. A nossa santidade deve atrair muitos irmãos para Deus.
Nesta época de desmoronamento geral, de desânimos, de contra-valores, do individualismo, de um hedonismo desmedido, parece-nos ainda mais atual aquela simples e profunda convicção que é preciso ser santo, como o Pai dos céus é santo (Mt 5,48). Que os nossos corações se tornem verdadeiras manjedouras capazes de acolher o menino-Deus! Vamos mover o mundo, comover os corações, transformar a sociedade.
Coragem! Vamos à luta!
Pe. João Paulo Batista
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